29 julho 2003

nó cego na cabeça

Isso daí ao lado não é uma obra de arte. É mais ou menos a visão que tive durante umas duas horas. Aqui ela está mais bonita. Os fios que eu fiquei estudando e colocando no lugar não são coloridos. A confusão aumenta bastante. Minha cabeça quase deu um nó. Os dedos se enozaram literalmente. Enozaram? Existe essa palavra? Nunca tinha usado em texto. Bom, estou quase lá!!! Tchã-nã... quase! Eu mesma fiz tudo... instalei placa de rede no micro (é interna e eu não sabia)... abri esta carroça, encaixei a peça e pronto. Para fechar até que foi fácil. Instalação com disquete, barbada. Conectei todos os cabos, instalei um modem externo. Cabo de rede, cado de linha, fonte de luz... aahh religar todos os fios do micro.. o monitor, o teclado, o mouse, a impressora e o cabo da máquinha fotográfica. Xiii.. esqueci o scanner. (tudo isso está na ordem invertida dos acontecimentos.. esqueci de dizer antes e estou com preguiça de voltar o texto). Um tempo depois, tudo pronto. Tudo instalado, tudo voltou a funcionar. Por que diabos ainda estou quase lá e não lá??? Porque a Brasil Telecom me enganou. Me disseram que a linha do ADSL já estava disponível. Instalei tudo, mas era engano. A tal linha ainda não está disponível. Certo, tudo prontinho só esperando o bando de incompetentes da companhia telefônica fazerem o trabalho deles... Aaahh tô cansada! Vou dormir. Quem sabe amanhã tudo será diferente e eu entrarei para o mundo dos banda largas e terei uma internet legal? Veremos...

24 julho 2003

momento estranho

Porto Alegre tem um ônibus aberto para os turistas passearem. Morro de vontade, ainda não andei. Trânsito lotado, 14h. No rádio, algo muito dançante não sei o que é. Na minha frente o tal ônibus, acreditem, lotado em pleno dia nublado, cinza e de temperatura não muito baixa, mas ventinho gelado. Algo em torno de 14°. O congestionamento é inevitável. A rua é a 24 de outubro. No ônibus, o pessoal resolve se divertir e começa a abanar para uma velhinha numa janela. A reação é imediata: vidros abertos, a senhora de chale vermelho levanta, abre os braços e os abanos viram beijinhos. A vizinha de cima aparece e começa a abanar. A vizinha de baixo também. Na sacada do lado, duas crianças pulam de alegria e abanam sem parar. Juro que me senti num filme - será o Curtindo a Vida Adoidado? - Todos na minha frente se abanam e jogam beijos. Sheila, por que não? Mão na buzina, janela aberta, braço pra fora... eu também tô nessa! Abanos e beijinhos pras velhinhas vizinhas. A bem de cima tinha cabelos muito brancos enroladinhos. A bem de baixo estava com o óculos no nariz. o trânsito andou, o ônibus foi embora e eu fiquei trancando todo mundo distraída, absorvida, feliz, jogando beijinhos pela janela do carro.

22 julho 2003

nada de cheiro

O único jeito de eu ter nariz hoje é usando disfarce. Se eu fechar a boca, paro de respirar. Tomar água é uma sensação emocionante, falta ar, parece que tudo vai explodir e sair pelos olhos, narinas, boca e ouvidos. Sentir o cheiro das coisas, nem pensar. Um café fresquinho lá na cozinha... teve pão de queijo saindo do forno e eu não senti nada, nadinha! No almoço, o perfume do feijão, dão sinto dada. Falar do telefone está buito difícil. Falar qualquer palavra com as sílabas na, ma, ne, me e coisas do gêdero.. já sabem o que acontece, dé? Aaahhh eu quero o beu dariz de volta são e salvo... até pum no banheiro eu prefiro sentir do que ficar assim! :o)

19 julho 2003

dalila, a cabeleireira

Eu tenho uma cabeleira. Se eu não cuidar, viro a Bethânia dos anos 70. É cabelo pra caramba. Cortar as pontas é uma expressão difícil de ser entendida pelos cabeleireiros, por que será? Eles não sabem o que são pontas? Sei lá... quando eu sento na cadeira parece que algum feitiço acontece. A palavra pontas some do vocabulário de qualquer profissional da tesoura. Hoje repeti várias vezes para ficar claro: é só as pontas!! As pontas! Apenas as pontas! Pontinhas! Não mais que as pontas! Pontas! Acho que funcionou. A moça lá do salão chegou a suspirar. O desejo dela de ser dalila por alguns minutos não foi além das pontas e ela confirmou a minha teoria: Sheila, eu tava louca para cortar o teu cabelo muito mais.. é tão bom! Um monte de cabelo, fio grosso, jeitoso... Sei, deixa assim que tá bom. A minha voz continua a mesma e os meus cabelos, também!!!!
tempos modernos

Sou do tempo dessas aí do lado. Não perdia por nada. Sábado de tarde antes do Chacrinha. Depois, mudou para domingo de manhã antes do Esporte Espetacular. Depois, mudou para durante a semana de noite depois da novela, quando era novela das oito (hoje a novela é das oito, mas passa as nove). Algum tempo depois, As Panteras começou a passar de tarde antes da novela das seis. Depois acabou. Nas brincadeiras com as amigas, eu sempre quis ser a Kelly! De vez em quando era a Sabrina. Nunca quis ser a Gil. Hoje, só na TV por assinatura. O novo filme é tri-bom. Engraçado, cheio de ação, mil efeitos especiais. Vale o ingresso, o saco de pipoca e o programinha light de sexta-feira final do dia. Melhor que isso? Só os beijos do post anterior... hihihi...

18 julho 2003

um beijo, dois beijos, três beijos...

Quero mais! Todo mundo já falou tudo sobre o beijo. Eu não tenho nada para acrescentar. Seria tudo clichê: o beijo é uma delícia, o beijo arrepia, o beijo é intimidade... o beijo isso, o beijo aquilo. Os poetas esgotaram todas as definições de beijo. Os compositores, que não deixam de ser poetas, também! Músicos, idem. O primeiro beijo não se esquece. Ninguém esquece! O primeiro beijo se repete toda vez que beijamos uma boca nova. Eu não inventei isso. Já disse, não tenho nada a acrescentar sobre tudo o que já disseram sobre o beijo!!! É bom, é ótimo, é delicioso, é gostoso, é molhado, é novo, é quente, é desajeitado até conhecermos o ritmo da outra língua, é nervoso, é calmo, é excitante. Quero mais.
iaaahhh!! iaaahhh!!

Leio na Folha de São Paulo: Ladrão ataca mulher, apanha e acaba preso
"Marcos Meneses imaginou que não precisaria de uma arma para roubar a bolsa de uma mulher. Imaginou errado: a judoca Ana Cláudia Rufino reagiu com murros e pontapés contra o ladrão, que acabou preso. Massoterapeuta, Ana pratica judô 'por esporte' há quatro anos. Ao ser atacada, na noite de quarta-feira, conta que ficou nervosa demais para usar as técnicas da arte marcial. 'Dei logo uns murros e chutes na cara dele' "...
Normalmente eu diria: bah, mas não devemos reagir... é perigoso. Hoje tô com um espírito de porquinho (sim, apenas um pouco espírito de porco). Bem feito para o tal Marcos. Parabéns dona Ana! Mas sabe o que é pior? No depoimento, o cara chorou e disse que foi desespero porque a mulher está grávida e ele desempregado. Qual a probabilidade de ser verdade a história dele? Muito mais do que imaginamos.. a vida tá braba!!

13 julho 2003

bravo! bravo!

Rádio Esmeralda, a rádio que é uma jóia no ar. Um espetáculo que faz a gente sair do teatro cantando, sabe? Não é só porque é um musical e a trilha sonora é ótima, mas porque deixa a gente feliz. A dupla Erotildes Malta (uma voz maravilhosa! Devia ter mais solo...) e Cat Milleidy (uma simpatia de figura!) canta e interpreta com maestria. É peça, é musical, é comédia, é história, é entretenimento, é uma delícia. O enredo é um programa especial da rádio Esmeralda que se chama Amor de Parceria. A parceria, eu já falei. É uma homenagem à voz feminina no rádio. O repertório vai de samba dor de cotovelo ao regionalismo gaúcho (o Hino do RS é uma pérola - Barbosa Lessa lvea homenagem também num bloco regional), do love songs (kiling me softly) ao sertanejo. Enfim, muuuuuito bom! Erotildes Malta toca piano e teclado como se estivesse brincando. Cat Milleidy improvisa com a platéia como se conhecesse as pessoas. Está em cartaz no Teatro São Pedro, Porto Alegre. Agora tem site que vale a visita: Rádio Esmeralda. Vai lá, diversão pura.
esclarecimento

Como eu fui parar num evento de médicos e me enturmar e achar tudo legal, conforme post anterior? Seguinte, conviver com essa raça (sim, eles se caracterizam como uma raça) é uma coisa que faço desde que nasci. Sou filha, irmã, sobrinha duas vezes, prima seis vezes e cunhada de médicos. Na parte dos primos e primas, os respectivos maridos e esposas também são médicos. Praticamente tenho formação em tratar com gente que se queixa de alguma dor aqui e acolá. Não dou receita porque seria crime. No armário do meu pai tem amostras grátis de tudo que é tipo de remédio. Ir na Sopa dos médicos foi um convite que o meu irmão me fez e como fazia muito tempo que eu não o via, eu fui. Conhecia várias pessoas que estavam lá. Quem não me conhecia nem percebeu que eu era mais ou menos uma intrusa no evento. Anyway, os assuntos dos médicos reunidos em bando não variam muito. É só ter um pouquinho de perspicácia e tudo fica bem. Um dia escreverei um livro: como conversar num grupo de médicos sem parecer um completo idiota. Se isso der dinheiro, garanto a minha aposentadoria já que como jornalista a coisa tá braba, né não?
sopão a la doctors

Porto Alegre, inverno, 6° graus no termômetro de rua. Uma turma de amigos, 90% médicos. A sopa de ervilhas no panelão de ferro, a lareira cheia de fogo. Mais ou menos 50 pessoas. Discurso do anfitrião: infelizmente este é o último ano da Sopa. Foram sete anos muito queridos. Por ser a última, o motivo é a mudança do anfitrião para o Canadá, os amigos que estiveram na primeira edição todos compareceram. A panela é gigante, tem 15 litros. Carne e lingüiça fazem parte da receita. Todos comem, esquentam-se e divertem-se com quentão. Na hora da sobremesa, show da Banda da Sopa. Guitarra, violão, baixo e bateria. O vocal é apenas vocal. Dos cinco, três são médicos. MPB, rock, pop.. tudo termina em Beatles. Um noite divertida, diferente e, apesar do frio exagerado nos termômetros, corações quentes e felizes. A sexta-feira terminou muito alto astral!

10 julho 2003

brrruuuu, brrruuuu...

Falar da temperatura é pra quem não tem o que falar. Eu tô correndo essa semana, como sempre, e realmente estou sem muito o que falar. Nada de emoções fortes, trabalho, trabalho, trabalho... um pouco de diversão. Apenas um pouco. Ontem vi no HBO Os Outros com a Nicole Kidman. Sem cinema, sem barzinho, sem amigas fofocando.. tá tudo meio monótono. O frio chegou de verdade... pelas 13h, eu estava no sol e a temperatura: 7°!! Isso mesmo. Meu cachecol saiu do armário, perdeu o mofo e foi passear. Luvas, a mesma coisa. Meião de lã e acolchoado de pena! Ai que bom!

07 julho 2003

burrice ou desatenção

Cenas dos próximos capítulos: segunda-feira, 07 de julho. Entre 9h20, hora que eu liguei o celular, até 12h30, hora que eu atendi a última ligação, foram nove enganos. Eu disse nove, 9! O tal de anúncio nos classificados para venda ou aluguel de um apartamento de três quartos saiu novamente, agora, no jornal de domingo, ontem. Isso significa que o número de ligações vai crescer ainda mais, afinal, o jornal vende muito mais no domingo, certo? Muito bem, lá fui eu catar o anúncio para dar uma olhada e verificar a página para tentar uma reclamação no jornal. O telefone para contato, realmente, tem o mesmo número do meu. Mas está lá!!!!!!!! Está lá!!! Tem o código diferente... sim, tem o código da região da Serra. Ou as pessoas são muito burras, ou são cegas, ou são desatentas, ou o meu jornal foi o único que veio assim!! PELAMORDEDEUS, mas que gente mais imbecil. Mudei de tática. Na quinta-feira, quando o episódio se sucedeu pela primeira vez, eu xinguei todo mundo. Mandei a merda, mandei tomar no cú. Hoje faço assim: você tem algum problema? Não sabe ler? Não sabe usar telefone? Não sabe que existem códigos? As pessoas reagem com espanto e não pedem desculpas... ficam envergonhadas. Teve um que eu pedi depósito de R$ 5 mil na minha conta e então eu iniciaria negociações. Acho que vou baixar o valor, quem sabe alguém com a inteligência do tamanho de uma azeitona - que não consegue ler códigos de área - aceita a proposta e o dinheiro compensa a irritação de ter o telefone tocando e me incomodando...

06 julho 2003

vamos lá?

- Sheila, acorda... vamos. - Aaaahh tô com preguiça, me deixa. Não quero sair com vocês. - Depois não reclama que nunca te convido. - Tá, não reclamo. Tchau, divirtam-se. - Tá, tchau. Até mais. Isso foi tudo que eu conversei com o meu irmão depois de mais de 10 dias sem falar com ele. Estava com preguiça mesmo. Ele entende. Vai passar aqui de noite e daí a gente se vê e conversa melhor. Domingão cinza, frio, cara de inverno, mas muito tranqüilo. Amei o gif do basset aí do lado. Tirei do blog Fly Angel porque achei uma gracinha. O domingo está terminando bem. Me preocupo um pouco com a semana que começa: muuuuuuitas coisas para fazer!! Normal, né? Não deveria me espantar tanto. É isso.

04 julho 2003

aparece, desaparece, aparece

Nessa vida de blogueira acontece cada coisa, não? Pois é, alguns links que eu tinha colocado na listinha ali do lado sumiram... voltaram e sumiram de novo. Acho que agora não acontecerá mais, fiz as pazes com o Blogger, tudo parece muito normal. Hoje tô bem menos irritada que ontem... nada que um bom beijo gostoso não cure. Aaaahh e que beijo: quente, molhadinho, caprichado, longo, chupado.. ai ai ai ai, aquela dor nas costas e o torcicolo chato que me atacou de surpresa sumiram, deram um tempo, foram passear, incomodar outra pessoa e, graças a Deus, hoje é sexta-feira... wow! Let´s have fun... a dois, é claro!

03 julho 2003

the mistake day

Eu me sinto mais ou menos como esse troço aí do lado. Tem algo errado na minha matrix hoje. Só pode. O torcicolo deu uma pequena trégua, resultado do remédio, mas as dores nas costas ainda são um problema. Vai passar... eu sei. O mistake agora é outro. Um desgraçado de um anúncio nos classificados de aluguéis de apartamentos do maior jornal do Estado publicou o número do meu celular para contatos!!!! Aaahhh... o que eu fiz para merecer isso? - Alô, o apartamento do anúncio ainda está vago? - Eu queria informações... - A senhora tem as chaves? - Aceita negociar o valor? - Tem box? Haja paciência para um dia chato, errado, quente em pleno inverno, esquisito, estranho, torto, ridículo, esdrúxulo, estúpido, babaca e fedorento! Pois é, a pomada da dor é fedorenta!
Sorry, mas verbalizar isso tudo é bom demais...
a serventia do pescoço

Aprendi na escola que o pescoço junta a cabeça ao tronco. Aprendi com a mãe que pescoço é vaidade: golas, colares, gargantilhas, postura, elegância. Aprendi com namorado que pescoço é tesão: beija e arrepia. Chupão, então... tudo de bom! Aprendi com a ginástica que alongar os músculos do pescoço faz um bem danado, relaxa. Tudo bem, o pescoço é legal. Uma merda, o pescoço com torcicolo seguido de dores nas costas é um saco. Acreditem!