velas, vinho... e a leitura em dia
O clima todo está favorável pra outra coisa, eu sei. Até o frio voltou depois de dias de panela-de-pressão em Porto Alegre mais úmida e quente do que nunca. Enquanto a poeira baixa pros lados do músculo vermelho que bombeia o líquido vermelho (óóó... é pra isso que serve, não? Pra outras coisas está com defeito, por enquanto!)... uma boa leitura faz muito bem. E que bem. Glauco Mattoso, um dos meus poetas favoritos (não são muitos, confesso), parecia me chamar na prateleira. Um dos meus textos preferidos - Confessional, deixo aqui para quem não conhece: (foi gravado por Arnaldo Antunes como canção que não tenho opinião se ficou bom ou ruim... ultimamente não tenho gostado do Arnaldo).
"Amar, amei. Não sei se fui amado, pois declarei amor a quem odiara e a quem amei jamais mostrei a cara, de medo de me ver posto de lado. Ainda odeio quem me tem odiado: devolvo agora aquilo que declara. Mas quem amei não volta, e a dor não sara. Não sobra nem a crença no passado. Palavra voa, escrito permanece, garante o adágio vindo do latim. Escrito é que nem ódio, só envelhece. Se serve de consolo, seja assim: Amor nunca se esquece, é que nem prece. Tomara, pois, que alguém reze por mim..."
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