11 julho 2002

política brasileira
Luis Fernando Verissimo mais uma vez consegue dizer em poucas palavras o que eu demoraria algumas páginas para dissertar. Na coluna do jornal Zero Hora do dia 09 de julho de 2002 está tudo lá. Um "cutucãozinho" apimentado na ferida do FHC e seus amigos. Eis um trecho do texto: "Se entendi bem a lógica do momento, a situação do país é tão grave que seria temerário entregá-lo a qualquer outra facção que não a responsável pela situação ter ficado tão grave. Algo na linha do imperativo doméstico que a gente ouvia da mãe: quem sujou que limpe. Mas como os que sujaram não reconhecem que sujaram - pelo contrário, se identificam como guardiões de uma normalidade ameaçada pela vitória da oposição -, a analogia não vale. Qual é exatamente o "caos" que viria com a eleição do Lula? Crise financeira, estagnação econômica, desemprego, um clima social explosivo? Isso tudo já tem. Essa é a normalidade ameaçada. Até o pior efeito de previsto de uma mudança de modelo, a fuga do capital especulativo, já começou, e o que espantou não foi a cara feia do Lula, mas o reconhecimento de que esse modelo não se sustenta"...

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