28 junho 2007

Extra extra: e a cartola foi acidente, hein?
Ou foi piada interna ou... faltou notícia. Atenção para a última frase editada: ..."mas o garfo desceu". E o marido da muié nunca mais vai deixar ela chupar nada, né? hahahahahahaha!


24 junho 2007

23 junho 2007

Ai bota aqui, ai bota ali
Aí, bota os pingos no is! Caipira é caipira e gaúcho é gaúcho. Ou eu tô engana ou tem algo de muuuito Uó nas escolas do Rio Grande do Sul. Eu fui. Festa de São João no colégio da sobrinha. A fofa toda lindinha, vestido floreado, maria-chiquinha, turma maternal 1. Tudo enfeitado, bandeirinhas, barracas de comida típica: pinhão, pipoca, amendoin, quentão, rapadura, huuumm... barracas de jogos como pescaria e outros de sorte. No palco, lá foi a fofa e sua turminha se apresentar e assim por diante todas as crianças do ensino fundamental. Agora pára tudo!! Não tinha um pentelho sequer vestido de caipira. Nenhum guri com calça rasgada e remendada com retalho, nem chapéu de palha, nem uma menina de vestido xadrez, sardinhas falsas, ninguém de dente pintado pra parecer sem dente, ninguém de suspensório, maria-chiquinha foi raro!!! O que se passa? A festa virou um desfile de vestidos de prenda e gaúchos de bota e bombacha. Os guris todos de lenço vermelho no pescoço e até guaiaca na cintura. As gurias de cabelão lindo, cacheados, lisos, flor na orelha ou no rabicó. Além dos petiscos citados havia cachorro quente, nuggets, churrasquinho no palito e morangos cobertos com chocolate no palito, brigadeiros e branquinhos...

Por que a festa de São de João não é mais a mesma? No mesmo dia fico sabendo que na escola da filha de uma amiga ocorreu a mesma coisa. Pior, uma coleguinha apareceu vistida de caipira e chorou sem parar porque estava se achando a pior de todas. Enquanto uma mãe solidária não limpou a carinha dela com as sardinhas falsas, sem sossego. Aaaahhh.. as profes e os pais se esqueceram o que é o mundo caipira? Ou a gauchada ta se achando mesmo? A festa de São João virou baile de CTG... MUUUUUITO UÓ!

Que falta faz o Mazzaropi e seu fantástico Jeca Tatu! Mas se isso é muito velho, cadê o Zé o Carneiro do Sítio? Vou pesquisar, pois tô achando que o Sítio do Picapau Amarelo dos dias de hoje tá sem Zé Carneiro. E se alguém aí não sabe quem é ou não lembra de Mazzaropi vai no museomazzaropi.com.br e bom proveito! Vai na locadora, compra pipoca e faz a tua sessão uai em casa. Vale!!!

17 junho 2007

Museu: vai vai...
Goya! As Gravuras da Coleção Caixanova (a empresa que é dona do acervo) chegou ao pampa. Tá lá no Museu de Arte do RS. São as quatro séries de gravuras produzidas pelo espanhol maluco beleza que viveu entre 1746-1828 - Francisco de Goya. Eu acho o Chico um maluco beleza. Mas acho também genial. São 218 trabalhos que ficam nas pinacotecas do museu gaúcho até 15 de julho e depois seguem em turnê para Buenos Aires, Cidade do México, Miami e Nova York. Os Caprichos (a figura acima é uma dessa série) são as obras de caráter crítico. Satirizam os vícios e defeitos na sociedade espanhola do Antigo Regime e cuja comercialização chegou a ser proibida pela Inquisição. Os caprichos, segundo o próprio Goya, tinham o intuito de “fustigar preconceitos imposturas e hipocrisias consagradas pelo tempo”. Em Os Desastres da Guerra está tudo lá: força e crueza características do artista, os horrores da Guerra da Independência Espanhola. Aqui, tanto quanto na série anterior, os títulos das gravuras trazem comentários sarcásticos, insultos, elogios e até mesmo provérbios. A outra série é Tauromarquia. São as touradas que aparecem sob a visão de Goya, igualmente violentos, os trabalhos foram produzidos a partir de 1815, em um período de pobreza do cara causado sobretudo pela censura a que foi submetido. Os Disparates, a última série, é de difícil interpretação até para os especialistas. São apenas 18 gravuras produzidas na fase final da vida do artista com temas sociais e políticos. Nela está toda a “loucura” que se abateu sobre Goya, quando ele afirmava vislumbrar cenas oníricas e fantásticas, repletas de monstros, sombras, espíritos e seres inexplicáveis.

Aaaahhh... desmarque compromisso pra ir, vale tudo!!
Pra entrar na exposição leve agasalhos para a campanha do inverno, ok?

13 junho 2007

Mister Elster disse que...
“O populismo não chegou para ficar”. A emergência de governos populistas na Bolívia e na Venezuela está longe de refletir uma tendência. Na verdade, uma guinada à esquerda na política da América Latina só seria sustentável por meio de ditaduras. O filósofo norueguês Jon Elster, considerado um dos grandes pensadores do chamado “marxismo analítico” esteve em Porto Alegre como mais um palestrante do ótimo programa Fronteiras do Pensamento, realizado pela Copesul. “As políticas populistas, em sua maioria, são equivocadas, ineficientes e não-produtivas. Eu não acredito que a eleição de governos populistas seja uma tendência. Quando as pessoas enxergarem que eles não cumprem suas promessas ou que suas políticas são muito caras, vão perder as ilusões”, acredita ele. “O populismo é baseado na criação de uma relação próxima entre o governador e as massas. Existe a tentação de ignorar o parlamento, os partidos políticos. Daí até a ditadura é um pequeno passo", completou.

Como não poderia deixar de ser.... um exemplo é Hugo Chávez. Elster comentou que o presidente da Venezuela viola um dos princípios básicos da democracia – o da independência dos três poderes. Para o cenário político brasileiro com Lula na presidência, Elster disse que não se surpreende que Lula adotasse uma linha conservadora na área econômica. “Esta é uma velha história. Quando os esquerdistas chegam ao poder, eles descobrem que há limites financeiros. Se Lula traiu suas raízes marxistas ou se apenas descobriu a realidade é um assunto a ser debatido". Quanto à possibilidade de haver uma reforma política no Brasil, ele apóia a idéia de que o financiamento de campanhas eleitorais seja público e tenha uma soma limitada. “Na Noruega, todos os partidos sustentam a campanha com as taxas pagas por seus próprios integrantes, além de receber subsídios públicos, seguindo um critério de votos obtidos e cadeiras ocupadas no parlamento”.

Tem mais programação pela frente: fronteirasdopensamento.com.br.
Tudo muito bom... VAI LÁ!

11 junho 2007

Só no sapatinho...
Choveu mais água no final de semana do que deveria em todo o mês. Tudo bem. A umidade não foi páreo para o programão entre amigos. Amigos dos pais, veja bem. Numa roda de samba das boas... clássicos e clássicos. Mestre Cartola é sempre inspirador e a semana cinza que promete água por mais quatro dias começou bem: "O mundo é um moinho", Cartola. Coincidência, sei lá, foi a mesma música que tocava no rádio quando o despertador tocou na segunda-feira cedo numa ótima versão com Arnaldo Antunes.

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que iras tomar

Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés