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Prefiro a racionalidade nas explicações: o mundo está doido. Globalização, anti-globalização, liberalismo, neoliberalismo, anti-liberalismo, capitalismo, comunismo, história, geografia, geopolítica, política, macroeconomia, educação, falta de educação, interesses, desenvolvimento, subdesenvolvimento. Pavor, terror, ódio, raiva, imbecilidade, bestialidade, lavagem-cerebral, ignorância, medo. Esse é o tempo que vivemos (aahh como eu queria ter vivido na "Belle Epóque")... O mundo está doido mesmo. Quero acreditar que um encontro de jovens, sejam judeus ou não, sirva, ainda que inconscientemente para muita gente, para por um pouquinho de senso crítico nas nossas cabeças. Alguma coisa precisa ser feita e vamos começar com um pedacinho do mundo, com uma titica de gente levantando dúvidas e questionando a si mesma. O conflito Israel X Palestina, embora não tenha sido o tema principal ou debatido abertamente, tem tudo a ver com o fato do evento existir. Ninguém que estava lá vai achar uma solução mágica e ninguém vai resolver qualquer coisa. Mas outras coisas precisam ser ditas. Ser judeu não torna ninguém melhor ou pior do que não judeus. Os judeus não são todos iguais, não pensam iguais e sabem disso (eu acho). Para alguns judeus, a solução para o conflito é o reconhecimento do Estado Palestino. Para outros, é preciso eliminá-los - sim, existem os radicais. Mas fazer o quê? Enfiar a cabeça no buraco e deixar passar? O encontro dos jovens é o contrário disso. Vamos conversar, falar, discutir, brigar, entender, compreender.. Vamos ser pessoas, vamos nos comunicar. Vamos ser humanos e usar a massa cinzenta privilegiada que temos para fazer alguma coisa, certo?
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