Eu ainda não sei muito bem o que pensar. Não tenho opinião formada... acredito no diploma, tenho um e me orgulho dele. Por outro lado, tudo o que realmente aprendi da prática jornalística foi depois da faculdade. Enquanto estava lá... o bom eram as discussões temáticas, os trabalhos experimentais (coisa que nunca mais fiz, que pena, e eram muito bacanas), os colegas, as festas - é claro, alguns professores muito doidos, os livros de teoria da comunicação eu gostava, os bastidores de veículos que se deixavam ser bisbilhotados... e pensando bem isso também é formação e isso tudo me deu a tal da bagagem cultural. Mas apesar disso, eu concordo que o diploma em si não torna alguém melhor ou pior jornalista. Tem um monte de gente boa e séria por aí que não tem o diploma. As faculdades de comunicação têm problemas de infra-estrutura, currículo, professorese concepção política. O curso de jornalismo foi criado na época da ditadura para maior controle por parte dos generais e até hoje não sofreram mudanças mínimas de metodologias e conteúdos.
A CartaCapital tem razão quando diz que o problema é concentração da mídia e a incompetência administrativa, vide Gazeta Mercantil. Contudo, esse poder concentrado e o não diploma resultam em fórmula perigosa. O exemplo de São Paulo não serve para esse país gigantesco. No RS a concentração da mídia está na ponta do nariz de todos e tem gente que elogia "o bom jornalismo dos caras". Saber escrever ou se expressar não basta. Tem de saber o que escrever. E como fica um dos mandamentos básicos do bom jornalismo que é ouvir os diferentes lados da versão dos fatos???? Aaahhh... ainda vou filosofar muito sobre esse assunto.
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