13 junho 2007

Mister Elster disse que...
“O populismo não chegou para ficar”. A emergência de governos populistas na Bolívia e na Venezuela está longe de refletir uma tendência. Na verdade, uma guinada à esquerda na política da América Latina só seria sustentável por meio de ditaduras. O filósofo norueguês Jon Elster, considerado um dos grandes pensadores do chamado “marxismo analítico” esteve em Porto Alegre como mais um palestrante do ótimo programa Fronteiras do Pensamento, realizado pela Copesul. “As políticas populistas, em sua maioria, são equivocadas, ineficientes e não-produtivas. Eu não acredito que a eleição de governos populistas seja uma tendência. Quando as pessoas enxergarem que eles não cumprem suas promessas ou que suas políticas são muito caras, vão perder as ilusões”, acredita ele. “O populismo é baseado na criação de uma relação próxima entre o governador e as massas. Existe a tentação de ignorar o parlamento, os partidos políticos. Daí até a ditadura é um pequeno passo", completou.

Como não poderia deixar de ser.... um exemplo é Hugo Chávez. Elster comentou que o presidente da Venezuela viola um dos princípios básicos da democracia – o da independência dos três poderes. Para o cenário político brasileiro com Lula na presidência, Elster disse que não se surpreende que Lula adotasse uma linha conservadora na área econômica. “Esta é uma velha história. Quando os esquerdistas chegam ao poder, eles descobrem que há limites financeiros. Se Lula traiu suas raízes marxistas ou se apenas descobriu a realidade é um assunto a ser debatido". Quanto à possibilidade de haver uma reforma política no Brasil, ele apóia a idéia de que o financiamento de campanhas eleitorais seja público e tenha uma soma limitada. “Na Noruega, todos os partidos sustentam a campanha com as taxas pagas por seus próprios integrantes, além de receber subsídios públicos, seguindo um critério de votos obtidos e cadeiras ocupadas no parlamento”.

Tem mais programação pela frente: fronteirasdopensamento.com.br.
Tudo muito bom... VAI LÁ!

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