14 maio 2003

foi real?

Um café no final da tarde. Um encontro despretensioso era o que eu pensava. Na verdade, tinha uma coisa no ar. Um dia ele escreveu um e-mail declarando: te acho o máximo, gosto de estar ao teu lado. Reply pra lá, reply pra cá... combinamos o café. Gentleman é pouco. Eu era a motorista e mesmo assim ele abriu a porta. Estacionamos, ele deu a volta para fechar a porta. Segurou o casaco para eu vestir. Puxou a cadeira para eu sentar (foi engraçado... eu, muito desligada sentei na outra cadeira. Pulei rápido para onde ele esperava que eu sentasse). Feito o pedido. "Se o teu café não estiver bom, te dou o meu", disse ele. A conversa foi ótima, papo tranqüilo, tom de voz suave, bom humor, risadas, olhares. Toques, muito poucos. Ele cortou a minha torta caprese em vários pedacinhos: "Por que fez isso?", perguntei. Era para que eu não precisasse fazer. "Não gostei disso. Tu tirou o prazer de cortar a torta e sentir as texturas", retruquei. "Desculpa, nunca mais faço isso", rebateu. Mais conversa, mais charme jogado de lá pra cá e daqui pra lá (sim, eu não sou de ferro!!!). Cheesecake para adoçar a boca. Delícia. Cada movimento meu supervionado, eu acho. Fiquei com a sensação de estar sendo observada o tempo todo. Mostrei como era bom tirar um pedaço do doce devagarinho com o garfo. Ele entendeu o meu argumento anterior. A conta, ele pagou (diante da situação, surpresa seria se não pagasse!). Abriu a porta do carro de novo. Deixei onde pediu. Um beijo na bochecha junto com um abraço tímido. Tchau. Chego em casa, coisas para fazer , novelinha ainda na tela. Mais tarde, ver os e-mails. Tava lá: um obrigado pela companhia, embora rápida, e uma lista de adjetivos que eu não vou contar, me perdoem, ainda estou encantada. Foi real? Acreditem, foi.

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