13 agosto 2003

não foi nada do que pensei

O assunto já está literalmente morto e enterrado. Não falei nada antes porque eu queria pensar melhor ou entender um pouco mais porque o que eu sempre pensei que ia acontecer não aconteceu. Explico. Toda a vez que surgia um boato fofoqueiro de que o doutor Roberto Marinho estava morto eu pensava cá com botões (presilhas e tudo mais que serve para pensarmos segundo o tal ditado...) que esse dia chegaria de verdade. Pensava que todas as homenagens fossem ser superdimensionadas, programas e mais programas sobre a história da empresa, da vida, dos problemas, das conquistas, das perdas, de tudo. Pensava que, a exemplo do que fizeram com outras personalidades (Ayrton Senna, o cara da dupla Leandro e Leonardo que eu nunca sei qual dos dois morreu, Cássia Eller...), a programação da TV destinaria mais espaço para o ocorrido. Não aconteceu nada disso. A cobertura da TV Globo foi bem discreta, pequena até. Nada de horas e horas de transmissão ao vivo de alguma coisa relativa ao velório, nada de especiais, nada de profundidade. Um amigo uma vez disse que nesse dia (o da morte) a TV sairia do ar... Mas por que estou comentando isso? Porque no final das contas eu achei o tratamento que deram ao tema muito bom. Na medida. O que teve de esquisito foi o comportamento de algumas pessoas que sempre desejaram a tal morte. Eu sei que essa é uma acusação terrível. Mas eu duvido que boa parte do monte de gente que "chorou" ao lado do caixão do patriarca Marinho não tenha tido algum pensamento assim por causa de desentendimentos com o que as empresas dele representaram no passado e representam no presente. Enfim, não aconteceu o que eu sempre pensei e gostei mais assim.

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