19 junho 2003

eu no cenário

Já viram O homem que copiava? Raramente eu comento cinema por aqui porque não sou louca de concorrer com os milhares de cinéfilos que navegam na net. Mas, esse merece a minha atenção. Vou começar pelo chambre! Isso mesmo. A desculpa do moço para entrar na loja da moça é o presente da mãe: um chambre que ela oferece por R$ 38,00. Bom, chambre é o mesmo que robe ou será hobe ou hobbe... que eu saiba é só no RS que se fala chambre, assim como negrinhos (brigadeiros), cacetinho (pãozinho), cusco (cão).. e outras coisas. Ver um filme que se passa na nossa cidade é muito legal porque sabemos de muitas coisas que são e não são reais. Muita coisa é real. A ponte sobre o rio Guaíba levanta todos os dias para os navios entrarem e saírem do porto. Eu vejo da minha janela no início da manhã e da tarde. A loja onde o moço trabalha de "operador de fotocopiadora" não se chama Gomide, se chama Bayadera. Comprei muito lá na época do segundo grau. A loja onde a moça trabalha não se chama Silvia. Hoje, tem outro nome e já foi a casa Elza. Aquele símbolo dos Gondoleiros existe. A lotérica Gato Pretto existe. O restaurante onde almoçam existe, mas fica na Protásio Alves, meio longe das outras locações. A boate Mama Grave existe, mas se chama Ocidente. O que mais? O hotel onde a Luana e o Cardoso passam uma noite é o Sheraton. O shopping é o Moinhos... aaahhh é legal fazer parte do cenário! Vai lá.. vê o filme, é inteligente e o crime compensa!

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